Havan investe em segurança contra fraudes

Implantação de sistema para digitalização de documentos e imagens inibe ação de golpistas nas lojas da rede

A implantação de um sistema de digitalização de documentos e imagens dos clientes no setor de crediário foi a medida preventiva adotada pela rede de lojas Havan para inibir a ação de golpistas em suas 15 filiais, em Santa Catarina e Paraná. Graças a este sistema a empresa detectou, esta semana, uma tentativa de fraude na loja de Criciúma, onde a suposta cliente tentava aprovar cadastro para compras usando documentos clonados de uma pessoa já falecida. A golpista foi presa.

O sistema integra todas as filiais da Havan com um banco de dados e fotos único, acessado pelos funcionários em qualquer cidade. Assim, ao receber um pedido de cadastro, o funcionário pode checar no sistema se os dados do cliente são confiáveis.

Como funciona

Quando um cliente solicita a adesão ao cartão Havan (que dá direito a crédito na loja), os documentos apresentados são digitalizados e tira-se uma foto digital da pessoa. O cliente é cientificado deste procedimento através de um aviso afixado no balcão, por comunicado oral da atendente e através de aviso no contrato de adesão assinado por ele.

Estas informações são adicionadas a um arquivo, permitindo ao atendente, antes de aprovar o cadastro do cliente, confrontar os dados dos documentos e a foto com dados armazenados na Central de Crédito da Havan.

O sistema permite verificar, por exemplo, se a idade que consta no documento coincide com a aparência da foto e se a pessoa em questão não tem registros de tentativas de fraudes anteriores no cadastro da Havan.

Os dados captados também podem ser confrontados com informações das CDLs e da Serasa. Casos suspeitos são verificados junto aos órgãos de segurança pública estaduais, para uma checagem mais detalhada.

A Havan investiu nesse sistema de coleta de dados para inibir a ação de golpistas, que seguidamente tentam usar documentos falsificados ou clonados para aprovar cadastro na rede. Somente neste ano a Havan detectou mais de 80 tentativas de fraudes, sendo que em 20 deles houve prisão em flagrante dos golpistas.

De acordo com a equipe responsável pelo sistema, nesta semana uma fraudadora foi presa em Criciúma quando tentava aprovar crédito na Havan com documentos clonados de uma mulher falecida há seis anos. A mesma acusada já havia tentado fazer cadastro em uma loja Havan de Curitiba, na mesma semana, com outros documentos, quando foi identificada. Não foi detida na ocasião porque fugiu ao perceber que havia sido descoberta. Graças à sua imagem cadastrada no sistema foi mais fácil identificá-la e acionar a polícia, quando ela tentou dar o mesmo golpe em Criciúma.